Desrespeito ao povo com as obras de duplicação da BR-135

Empreendedores dificilmente desanimam ou se apegam a notícias ruins e dificuldades. Eles simplesmente aproveitam as más notícias para inovar e criar novas soluções, mudar as coisas para melhor.

Com o mesmo intuito, quero falar sobre a obra de duplicação da BR-135 no trecho que vai da Ponte do Estreito dos Mosquitos (única ligação viária da ilha ao continente) à cidade de Bacabeira (onde, num futuro ainda incerto, teremos a Refinaria Premium Petrobrás).

Sem sombra de dúvida é uma obra "ultra-hiper-importantíssima". Isso porque "muitíssimo importante" ela já era há 5 anos atrás. Como infelizmente vem sendo de praxe no Brasil, e mais infelizmente ainda, no meu estado do Maranhão, a população vai sendo submetida a tapa-buracos até que a situação fique crítica. E ficou!!!

Todos os dias, usuários são obrigados a esperar em filas quilométricas, que pouco andam ou simplesmente param, sem qualquer sinalização sobre a operação, nem segurança.

Respeitar o povo não é um dom de estados mais desenvolvidos, ou de estados com políticos mais atuantes, é um dom de estados com cultura empreendedora e líderes com capacidade técnica (além de política e financeira) para geri-los. 

Deixar um serviço um pouco mais lento e com improvisos VIÁVEIS, gerando um "transtorno" para realizar obras de melhoria desse serviço, é totalmente aceitável. Mas piorar 4 vezes o serviço original, provocar desperdício em massa de combustível, não prever rotas alternativas VIÁVEIS, expor usuários a situação de insegurança, sem qualquer informação, nem previsão de quando chegarão ao seu destino, ainda mais envolvendo uma das maiores cidades do país, é inaceitável, um prejuízo à economia, um desrespeito total às pessoas.

O Maranhão ainda é um dos estados mais pobres e atrasados do país, mas isso não significa que seu povo deve ser tratado com tal desleixo. 

Os estados mais desenvolvidos são assim também pela força do seu povo, a capacidade de reivindicar melhorias e de não aceitar qualquer promessa ou "quebra-galho". 

Temos um povo forte e capaz até mesmo de aguentar tantos maus-tratos. Só precisamos lembrar que pontes, estradas, metrôs, refinarias, nada disso vem de presente. Foi pago com dinheiro nosso e até dos irmãos de outros estados. Tem que ser bem empregado, e com respeito!

Peço a nossa Governadora do Maranhão e ao nosso Prefeito de São Luis que intervenham junto ao poder federal para encontrar solução razoável para o problema, assim como aconteceu em duplicações muito maiores em SP, SC, PE e outros estados, que se impuseram pelo respeito a seu povo.

Fabrizio Duailibe

Gerente Comercial e TI

Águas Minerais Lençóis Maranhense Ltda.

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